31 julho 2009

Criticando os amigos

É o seguinte: eu quase nunca posto então pra compensar quando posto jogo logo um pedardo de 3000 caracteres. Se alguém tiver paciência de ler e criticar: Estamos aí!

Enfim, segue abaixo a critica de dois espetáculos que assisti e que tiveram os seus releases divulgados aqui:


Espetáculo: Zona de Risco

Zona de Risco foi um espetáculo realizado numa curta temporada pela UERJ, no teatro Noel Rosa, coordenado e dirigido pela professora Doutora Nanci de Freitas. O espetáculo foi montado a partir de fragmentos de alguns roteiros e do Poema Sujo de Fernando Pessoa. Juntamente com os alunos, num roteiro de colagem e numa elaboração colaborativa, a peça foi montada com o intuito de abrir debate sobre a violência. Em cima da carta manisfesto do movimento “Rio de Paz” a maior parte da peça fala de temas como violência urbana, medo e caos.
Assisti ao espetáculo três vezes – de fato foram 4, mas na primeira apresentação não pude a experienciar de fato pois estava como o operador de som -, e em cada uma delas pude perceber diferenças na resposta do público. Na primeira vez, tive a minha egoísta experiência, pois não a compartilhei com ninguém. Apenas assisti a peça com a maior atenção que pude. Foi desgastado pelo tema e pelas imagens exibidas. O espetáculo se dividia em atos não demarcados concisamente, mas em movimento de transições onde antes de exato fim de um o outro já dava o seu começo.
Esteticamente isto contribui na materialidade da peça e na sua apreciação. Pois nos atordoa na medida do tema em voga. O primeiro ato acontece em torno de uma única personagem: Malicius. Este se apresenta como um ser do mau, ou do mal. Um “U” ou um “L” modificam como cada pessoa entende a personagem a frente. Pois podemos o entender como um subserviente da maldade - aquele que faz mal-, ou como o próprio Mau - aquele que promove o mau nos outros para que esses façam maldades (uma espécie de vírus, doença).
Os dois atos seguintes se difundem numa plástica performance, onde os atores representam vozes como avatares –no sentido de que não estão atuando, ao mesmo tempo em que também não estão sendo eles mesmo, é apenas a voz num corpo-. Onde frases poéticas, ou jornalísticas são lançadas a platéia enquanto é montado um pano vermelho a volta do palco. O pano delimita a próxima ação (o Ato III).
Assim, em seguida uma música envolve todo o Ato III. Não há falas, não há um discurso, há apenas uma perseguição: dois homens vão atrás de uma mulher. Ambos vestem-se como seres urbanos (sendo os homens num traje com referencia a bandidos – meia calça na cabeça-). A perseguição aumenta conforme o ritmo da música, passamos de uma batida percussionista a Vivaldi (Spring). Quando, num extremo cansaço a atriz cai ao chão, em seguida um pano preto a envolve, uma rosa é posta em sua mão. O palco escurece, apenas um foco no palco. Um silêncio perturba a cena por demais cansativa, quando uma estática de rádio rompe o teatro e um vídeo é projetado.
O vídeo pode ser considerado como o Ato IV, ou uma transição. Ele fala por si ao jogar em cortes violentos cenas de todo tipo brutais: armas, guerras, filmes de ficção, desenhos animados, estupro, explosões. O som é perturbador.
No fim do vídeo, o foco da atriz é desfeito a mesma se levanta e saí enquanto uma luz –simultaneamente- lavanda entorpece todo o palco. Uma fumaça inebria o ambiente enquanto uma pequena luz, vinda de uma lanterna, a invade. É o Ato V, onde o espetáculo nos dá um tempo para respirar. Uma cena calma, bem narrada. Um guarda noturno nos conta de suas rondas, de não dormir mais por insegurança. Plasticamente linda.
Ele sai do Palco, as luzes do teatro acendem – O momento é de CAOS – grita um dos atores que agora está no meio da platéia, algemado. Ele anda em direção ao palco, e conforme seus passos seguem ao destino, as luzes se apagam e um foco quadrado se acende a nossa direita. Está tudo escuro. Só vemos o foco quadrado, o ator, um outro foco se acende e agora podemos ver os outros três atores que estão sentados em cadeiras. O ator do foco quadrado se venda, e os atores sentados levantam jornais ao ponto de não vermos mais os seus rostos. Mais uma performance acontece. O ator do foco vendado se debate como se estivesse numa prisão feita de luz. Uma prisão impalpável. Imageticamente poético. Ao acabar a primeira parte de sua performance, ele cai no chão e recita a letra de uma música – fato que eu só soube mais tarde- do Rappa.
Ao término do recital as luzes se acendem – em fade – enquanto os três outros atores começam a ler notícias que estão no jornal. Notícias de violência apenas. A saturação de notícias enlouquece um deles – CHEGA! Vou embora daqui! – que se distância e pega uma mala.
Este é o início do Ato VI. A atriz arruma a sua mala enquanto faz um poema sobre suas lembranças do lugar de onde ela vai embora. Os outros apenas a observam sentados. Um rosa toma conta do palco, dando um ar romântico a cena. Essa é mais uma cena para se respirar. O que nos leva a pensar num espetáculo de estruturação Aristotélica, onde se tem 3 atos principais. O início, o meio e o fim. Entre um e outro existe a peripécia, ou o gancho. Abordado nesse espetáculo nos momentos mais calmos – como esse. Logo, imaginasse que o espetáculo já esteja perto de seu fim.
A atriz continua a sua performance, ela já está com um véu de noiva em sua cabeça e retratos de suas lembranças foram espalhadas pelo palco. Ela vai em direção a uma das escadas de saída do palco, uma das que vai de encontro a platéia – Foge comigo esta noite? Pelo Brasil, Salve, Salve – e desce as escadas. Janis Joplin é quem nos dá agora a sua presença na música Cry Baby.
Os que sobraram no palco recolhem cabisbaixos as fotografias espalhadas. Joplin continua sua performance no playback, três focos são postos no palco. Os atores colocam uma cadeira em cada um deles. Joplin vai desaparecendo e dá lugar ao que será o ápice da peça. Um ganido do que vemos depois ser a máquina de fumaça nos assusta. Os atores estão com olhares perplexos. Não se movem. A nuvem toma conta de todo o palco, mais um ganido. De súbito eles começam a se movimenta. Cada um tem uma série especifica de movimentos feita com a sua cadeira. Uns rápidos, outros dramáticos, alguns simples, mas cada movimento nos tira a centralidade do palco que já está totalmente escuro. Vemos apenas os focos e os atores. Há som com suas cadeiras no chão do palco. Até que o barulho de um sino funesto, de um vendaval complementa a performance. Agora quem entra em cena é ninguém mais ninguém menos que Wagner com sua ópera Walkirias.
O som é altíssimo e pequenos trechos do apocalipse são citados em off. Até que a música abaixa e uma cena real é narrada. Os atores paralisam até que se acaba a narrativa e Wagner retoma a cadencia dos movimentos. Pequenos trechos de colagens de relatos da primeira e da segunda guerra mundial são jogados ao público que apenas o pode escutar. Até que todos paralisam, e a atriz entra como a besta do apocalipse.
Um pouco teatral demais para uma peça que vinha num tom performático demais, mas não deixa de ter o seu valor.
Ela retira um dos três atores e as luzes se acendem. Com exceção de um ator. Não há mais nada no palco. Ele recita, não como ator, nem como personagem, mas como um simples cidadão, o “manifesto Rio de Paz” e sai. Em off começam a ser ditos nomes de pessoas que morreram brutalmente. Os atores cobrem todo o palco com um enorme plástico preto. E saem...
É o fim da peça.

Essa foi a minha primeira experiência com a peça, e o público aplaudiu a saída dos atores. Fiquei pensando se de fato a havia algo a ser aplaudido ali. Enfim, na segunda vez, não houve aplausos e pude presenciar o choro de um ou outro espectador. Um silêncio fúnebre estava estampado na face do público nesse dia. Na terceira vez, nem um nem o outro. Alguns ficaram surpresos, outros saíram discutindo, algumas perguntas eram jogadas ao vento – Acabou?-, mas também não ouve aplauso, apenas a dúvida se era ou não para aplaudir.

Espetáculo: Conexões Dançantes.

O espetáculo de dança Conexões Dançantes organizado pela professora Maria Lúcia Galvão e pala Faculdade de Dança Angel Vianna, propôs um ambiente misto de danças. Encontramos nele desde da música eletrônica até a mais clássica. Envolvendo companhias de dança de diversos estados do Brasil, a mostra trouxe a UERJ um pouco de repertório sobre a atual produção de dança em outras universidades.
Sendo uma curta temporada de dois dias os quais participei dos dois, pude apreciar a dança. Como todo espetáculo, imagino eu, houve partes as quais não foram de um grande apreço de minha parte. Em contra partida outras me embriagaram com sua beleza.
Em primeiro se faz necessário realizar que o palco e as luzes, a parte cênica e técnica do espetáculo, se encontravam muito bem arranjadas. O chão do palco tinha sido revestido por uma espécie de plástico branco a qual dava uma imensidão as cores das luzes gelatinosas. Assim um pequeno amarelo, tornava a cena clara e tomava conta de todo o palco. As músicas também estavam em um bom volume e audíveis, sem distorção.
O espetáculo inteiro se deu entorno de pequenos sketches, me levando a pensar na idéia de um CD player. Pois não havia conexão de fato entre um e outro. Não que isso seja ruim ou bom, não estou julgando com juízo de valor, apenas apresentando o que vi.
Algumas apresentações foram ofuscantes, elas apagavam, com o seu brilho, umas outras um tanto quanto esmaecidas. Não por um trabalho mal feito, mas por envolver uma questão com o corpo e com a performance que ia além de simples sincronia de movimentos.
Gostaria de ressaltar aqui a última parte do espetáculo, a última cena em si. Ela ocorreu depois de uma pequena performance dos técnicos para retirar o plástico branco que encobria o palco (detalhe interessante é que algumas pessoas acreditaram que isso fazia parte do espetáculo – mas isso entra em outra discussão). Após o palco voltar a ser pura madeira, o show apresentado foi sapateado.
Duas meninas se apresentavam no palco, ambas com vestidos similares. Elas se entre olhavam e trocavam as vozes de seus calçados num ritmo um tanto quanto lento. Elas conversavam com seus passos e sorriam uma para a outra. Estavam em sintonia e logo tomaram do público o seu silêncio e atenção. Inclusive de mim. Eu fui tomado pela beleza de uma delas. Esguia e loira sapateava com grande destreza e acuro. Algo envolvia a sua performance que me fez ser totalmente hipnotizado por ela. A outra, para mim, praticamente se perdeu e tornou-se mera coadjuvante. O ritmo aumentava e a dança se tornava ainda mais interessante. Os movimentos mais difíceis vindos dela eram transmitidos com uma simplicidade – como se fosse fácil. Não havia nada mais de som eletrônico apenas o acústico de seus pés.
Enfim: acabou. Os aplausos romperam todo o teatro, realmente foi a parte mais forte de todo o espetáculo – logicamente deixado para ser a última apresentação. Ele foi fechado com “chave de ouro”. As luzes se acenderam, todos os que participaram do espetáculo foram ao palco pegar os agradecimentos. Não consegui encontrar dentre eles a menina a qual me encantei. Por fim, todos já estavam por sair. Eu que era amigo de uma das participantes fiquei um pouco mais para parabenizá-la pelo ótimo espetáculo.
Cumprimentos a parte, um certo tempo foi passando quando o comentário “essas foram as meninas que sapatearam” me tomou a atenção. Elas estavam irreconhecíveis e tragicamente não consegui reconhecer a que me chamou a atenção. De imediato relembrei da Heidegger quando em seu livro “A origem da Obra de Arte” toma os termos Terra e Mundo como a materialidade da obra e o seu campo semântico, respectivamente e sucintamente. Lá estava eu, momentos antes embriagado pela beleza de uma delas que em sua materialidade da dança, do sapateado me levou a um estado sublime da arte (aí está o Mundo, o seu campo semântico). Logo depois, ao fim do espetáculo, ela, que havia me encantado, agora sem sua Terra e sem seu Mundo não era mais nada. Passara a ser uma simples mortal, e deixou a sua imortalidade apenas para o palco. Toda a sua aura – só para citar Benjamin – estava perdida, não havia mais potência.
Esse é o fantástico poder da arte. Aquilo que transforma borrões em paisagens, chinelos em quadros, mictórios em esculturas e o corpo na própria obra. Fora de sua institucionalização, certas coisas, como esse ser, já não tem mais sentido nem beleza.

20 julho 2009

Gary Hill no Oi Futuro RJ

Language Willing (2002)

Wall Piece (2000)

Viewer (1996)




RIO - O americano Gary Hill chegou ao Rio na última quinta-feira com o hard drive de seu computador e uma luz estroboscópica na bagagem. Era só do que ele precisava para a exposição "O lugar sem o tempo", que será inaugurada nesta segunda-feira no Oi Futuro, com curadoria de Marcelo Dantas. Um dos mais importantes videoartistas em atividade, Hill volta ao país após 12 anos, trazendo cinco obras que, para ele, mais do que vídeos, são um modo de falar sobre linguagem, unindo palavras, sons e sensações:
- Nem sei o que é videoarte hoje - diz Hill. - Comecei com esculturas, e meu trabalho ainda tem um forte aspecto escultórico. Quando passei a trabalhar com mídia, eu usava os equipamentos da empresa à noite, sozinho, experimentando. Lembro de pôr uma câmera sobre a minha barriga e fazer sons, só para que ela se movesse. Comecei a pensar por trás da visualidade da imagem, em como ela se revela e se obscurece, e a trabalhar com uma quebra de linguagem em vários pedaços.
Servindo-se ou não do corpo dele, as videoinstalações de Hill são físicas. Homens encaram a câmera como se estivessem de fato em frente ao espectador. Hill se joga contra a parede, soltando uma palavra a cada batida. Pressiona partes do corpo contra um fundo preto, enquanto ecoam sons de baixa frequência. São todos vídeos simples e diretos, e frequentemente originados de uma ideia ou uma cena.
Uma das obras mais emblemáticas da forma direta e sintética como Hill trabalha a linguagem é "Wall piece" (2000). A cada batida do corpo na parede, o artista solta uma palavra, e uma luz estroboscópica é lançada sobre ele. Na instalação, outra luz estroboscópica é acionada fora do vídeo, criando um contraste de luzes que se sobrepõem e se alternam.
Hoje, as obras de Hill estão espalhadas pela internet, e ele próprio, recentemente, começou a lançar alguns trabalhos na rede. Mas já está repensando a atitude.
- Primeiro, a vibração da internet é muito suave. Mas, principalmente, é como ir a um salão repleto de atrações, que podem ou não ter qualidade. Tem a ver com o contexto, em como vemos e experimentamos algo. Você está num estado diferente quando vê vídeos na internet - diz ele, que não se fascina com os recursos crescentes da tecnologia.
- A questão não é o tamanho das possibilidades que temos, mas justamente como delimitar essas possibilidades.
Fonte: O Globo

07 julho 2009

Mostra Conexões Dançantes - UERJ


05 julho 2009

Teatro - Zona de Risco

08 e 09 de Julho de 2009
19 horas
Teatro Noel Rosa
Centro Cultural da UERJ - Campus Francisco Negrãode Lima – Maracanã - R. São Francisco Xavier, 524 - Maracanã - Rio de Janeiro - RJ

O espetáculo Zona de risco é uma experimentação cênica que surgiu da necessidade de abordar o tema da violência, um estado de guerra que perpassa nossa realidade e que aprendemos a olhar de modo distanciado, a não ser quando suas asas sobrevoam, tragicamente, nossa existência. A criação cênica busca uma forma própria de materializar a urgência do tema, atuando de modo performático como um manifesto poético.
O ato poético foi construído por meio de um processo colaborativo, sob a orientação da professora de teatro, Nanci de Freitas, com a participação de estudantes do Instituto de Artes da UERJ. Os estudantes trabalharam como atores e integrantes das equipes de criação artística, pesquisando e atuando na produção e na montagem dos elementos cênicos (cenários, figurinos, trilha sonora, vídeo, iluminação e programação visual), além da elaboração do roteiro cênico-dramatúrgico.
O roteiro foi construído a partir da colagem de textos diversos (poemas, crônicas, recortes de jornais, depoimentos, manifestos), tendo como ponto de partida o Poema Sujo, de Ferreira Gullar; e tomando como referência o Manifesto Rio de Paz Pela Redução de Homicídios, texto chave de um movimento que atua no Rio de Janeiro, em discussão permanente da questão (riodepaz.org.br).
Além das textualidades, o roteiro cênico se organiza por diversas camadas narrativas, na mediação com formas artísticas que se hibridizam e com a presença das imagens visuais e sonoras, em permanente tensão de sentidos.Zona de risco é o resultado de um processo de criação artística desenvolvido pelo projeto de extensão, Espaço de Estudos e Criação Cênica, coordenado pela Profª Dra Nanci de Freitas, no âmbito do Departamento de Linguagens Artísticas, do Instituto de Artes da UERJ. O projeto de extensão é o espaço de interseção entre as experiências artísticas e a pesquisa acadêmica, desenvolvida no projeto Processos de criação no teatro contemporâneo: mediação entre linguagens artísticas diversas (PIBIC/UERJ - 2008-2009). Partindo das especificidades da pesquisa em arte – relação intensa entre teoria e prática - os estudos, pautados na proposta de “processo colaborativo”, exercitaram conceitos como “ação física”, “ator criador” e “dramaturgia cênica”, gerando uma experimentação no âmbito da cena teatral.

Ficha técnica:
Concepção e direção: Profª Nanci de Freitas
Roteiro:
Fragmentos textuais: Poema sujo, de Ferreira Gullar; A morta, de Oswald de Andrade; O teatro e seu duplo, de Antonin Artaud; Polícia e Bandido, de Leandro Sapucahy; Apocalipse, de São João; Manifesto Futurista, de F. T. Marinetti, Manifesto Rio de Paz pela Redução de Homicídios, Malícius, o proliferador de maldades, de Fabricio Gabriel; além de fragmentos de Eric Hobsbawm.
Atores: Fabricio Gabriel Jéssica Orem Pedro Crok Rodrigo Claro
Dramaturgia cênica: Processo colaborativo com a participação dos estudantes do Instituto de Artes: Fabricio Gabriel, Catiane Soares, Jéssica Sobreira, Mabeli dos Santos Fernandes, Marcelo Augustinho, Pedro Crok, Rodrigo Claro Vieira.
Trilha sonora:
Criação: Arthur Batista Cordeiro (LCV) e Nanci de Freitas
Edição da trilha sonora: Arthur Batista Cordeiro e Fabricio Gabriel
Gravação de áudio: Carlos Eduardo Alves Batista (Web rádio: CTE)
Música de abertura: Respeitável público – de Daniel Belion (ART)
Criação e edição de vídeo: Arthur Batista Cordeiro e Fabrício Gabriel
Iluminação: Pedro Crok
Colaboração cenográfica: Profª Cristina Pape (ART)
Figurinos: O Grupo
Cartaz: Marcelo Augustinho e Arthur Batista Cordeiro
Montagem de luz e som: Equipe técnica da Divisão de Teatro (Decult/Sr3)
Coordenação de produção: Nanci de Freitas
Assistentes de produção: Juliana de Oliveira Augusto Catiane Soares da Silva Clarice Duarte Rangel
Execução da produção: O Grupo
Apoios: Instituto de Artes da UERJ, Laboratório de Cinema e vídeo – LCV, Decult/SR3, Divisão de Teatro, COART, Depext/SR3, Cetreina, CTE (Web Rádio e COPSON), Comuns, Gráfica UERJ.

04 julho 2009

Pina Bausch 1940-2009




Segundo comunicado da companhia de dança (em 30 de junho):

"Hoje (nesta terça-feira) de manhã morreu Pina Bausch, bailarina e coreógrafa do Tanztheater de Wuppertal. Uma morte rápida e inesperada vitimou-a cinco dias após um diagnóstico de câncer. Ainda no penúltimo domingo, ela estava de pé com sua companhia no palco da Ópera de Wuppertal".


Aumenta a frutração ler, no site do O Globo:

"A bailarina viria ao Brasil em setembro para apresentar suas obras-primas 'A sagração da primavera' e 'Café Müller' (esta levada ao cinema no filme "Fale com ela", do diretor espanhol Pedro Almodóvar)".

Importante coreógrafa, dançarina, educadora e diretora de uma companhia de dança, seu verdadeiro nome era Josephine Bausch. Trabalhou no campo da dança teatro: expressionista, sua dança contava histórias usando, como material, as relações humanas e, como o vocabulário, os movimentos cotidianos, a repetição, além da colaboração entre diferentes formas de arte.

A inovação de suas obras provocou muita polêmica antes de ser reconhecida mundialmente.